sábado, março 29, 2008

dinossáurios

Inaugurada em 13 de Março passado e mantendo-se aberta até ao dia 29 de Junho, encontra-se aberta ao público a exposição sobre modelos mecânicos de dinossáurios pertencentes ao Natural History Museum de Londres, em colaboração com o Museu Nacional de História Natural, de Lisboa.
A exposição está montada no Centro de Exposições Freeport, em Alcochete. Não são muitos os modelos expostos, mas pode dizer-se que são de grande qualidade, no que respeita a escala, movimentação, tempos, sons. Impressiona particularmente o Tyranossáurio rex, traduzido por lagarto tirano, com o seu porte majestoso e transmitindo a ideia do seu peso real (sete toneladas). O ladrão de ovos é também um exemplar muito interessante.
A exposição está muito bem montada, a descrição de cada um dos exemplares é suficiente para quem a visita e apresenta exemplos dos vários tipos de alimentação (carne, peixe, ervas).
Existem também modelos de pegadas, dentes, unhas, olhos. Numa mesa circular com gavetas que dão a ver determinados componentes dos modelos expostos, é lançado ao visitante o repto de descobrir a localização do que se mostra. Os jovens não passam sem abrir todas as gavetas e reparar com muita atenção para a real localização de cada uma das peças mostradas.
A meia hora de Lisboa, pela ponte Vasco da Gama, merece uma visita que não se limita a esta exposição mas a uma zona do país que merece também ser visitada.

quinta-feira, março 27, 2008

o carsoscópio do alviela










Fui ontem com os meus netos Matilde e António, ao Carsoscópio, Centro Ciência Viva do Alviela, espaço interactivo de divulgação científica e tecnológica, integrado na Rede de Centros Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. Este Centro integra um Geódromo, um Quiroptário e um Climatógrafo.
No geódromo, um simulador de realidade virtual com capacidade para 16 pessoas transporta os visitantes numa viagem incrível de 175 milhões de anos, até ao tempo em que os dinossáurios “desenharam” as suas pegadas na rocha calcária da Serra de Aire.
No quiroptário, explica-se a vida dos morcegos, as suas variedades, os seus hábitos e migrações. Os visitantes podem orientar-se pelo som, evitando os obstáculos, podem ouvir ampliado como eles, ter a sensação de estar dependurado com a cabeça para baixo ou pesar-se e ver a quantidade de alimentos que teriam de ingerir se fossem morcegos com o seu peso.
No climatógrafo, tem-se uma visão a três dimensões da bacia de alimentação do Alviela (180 Km2), o que faz dela um dos maiores reservatórios de agua doce. Neste momento, esta reserva poderia abastecer Lisboa durante dois anos.
Além disso este Centro tem possibilidade de albergar estudantes por pequenos períodos, o que lhes permitirá explorar toda a zona do Carso, fazer percursos terrestres, visitar as inúmeras grutas da região.
Toda a zona envolvente do Centro está cuidada, dispondo ainda dum café restaurante bem situado e aprazível.
Um só reparo para a sinaléptica de estrada, pouco clara e com poucas referências ao carsoscópio.
Este Centro inaugurado em Dezembro de 2007, tem sido visitado por escolas e por famílias e já teve cerca de 2000 visitantes.
Recomendo uma visita, pelo que se aprende e pelas emoções que se têm com a realidade virtual que a plataforma nos oferece. Não recomendado a pessoas com problemas vertiginosos, cardíacos e grávidas.

terça-feira, março 25, 2008

estes são os meus netos






Esta é a apresentação pública e bloguista dos meus netos, Matilde (9 anos), António, o Simão Sabrosa de Campo de Ourique (7 anos) e Sofia (2 meses).


domingo, março 23, 2008

os novos pecados

Fomos surpreendidos há dias com os novos pecados capitais que, duma assentada, passaram para treze. Esta nova decisão papal veio trazer grande incomodidade a muitos portugueses. A bastantes, por serem apanhados nas malhas do enriquecimento rápido, a muitos por serem apanhados pelo ambiente que agora acerta contas com quem o tem maltratado. A muitos outros, por serem apanhados nas malhas dos outros quatro.
Quando hoje inadvertidamente dei de caras com esta imagem do comendador Joe Berardo,
que está na net, veio-me à cabeça a dúvida sobre qual será a razão para o comendador ter as mãos como tem.
Estará a pensar que desta vez foi apanhado na teia agora estendida dos novos pecados?
Será por isso que esboça um por de mãos de quem reza? Será que se pergunta por qual deles foi apanhado?
Será que se pergunta - enriqueci rápida e fulgurantemente sem nunca ter criado qualquer benefício a alguém que fosse, sim, é verdade. Mas a minha inteligência, a capacidade de obter lucros, o meu feeling para o negócio, não merecem ser recompensadas? Será isto um pecado?
Será que se pergunta - a minha colecção de arte moderna é realmente boa como me disseram aqueles que ma fizeram comprar ou será que, como muitos pensam, tem algumas peças boas e muitas que poluem a arte e o gosto?
Não sei. Sei que ele está em meditação, a meio caminho entre o rezar e o fazer cruzes canhoto.
Estou convencido de que tenha pensado uma coisa ou outra, passado algum tempo terá parado de o fazer, dizendo - isto não dá lucro, está visto. Vou investir em coisa que seja rentável. Isto dos pecados, se der lucro é só à Igreja. Nem sei porque pensei nisto ...
E o mundo continua a girar e a notícia passou.

quinta-feira, março 20, 2008

parabéns, pai


Foi ontem o teu dia, pai.
Continuo a dizer o que sempre disse - só tiveste um defeito. Morreste cedo de mais.
Aqui fica o meu obrigado e a minha homenagem.

quinta-feira, março 13, 2008

o regresso a quinhentos



Numa das últimas "Única" do Expresso (23 de Fevereiro de 2008), vinha um interessante artigo, de onde obtive a fotografia que ilustra este post, sobre a primeira utilização de uma vela gigante num moderno cargueiro, com a finalidade de poupar combustível e, à boleia desta, com propósitos ecologistas. É claro como água que a razão é fundamentalmente económica e que se não se vier a provar que o sistema resulta de forma satisfatória, logo se esquecerá a fundamentação ecologista.
Segundo o artigo escrito por Nelson Marques, o cargueiro «MS Beluga Skysails» foi o primeiro a utilizar um sistema de propulsão híbrido que em condições atmosféricas óptimas poderá ajudar a poupar 50% do combustível. A viagem inicial e experimental teve início no porto alemão de Bremerhaven no dia 22 de Janeiro e terminou no porto de Guanta, Venezuela, na semana de 11 de Fevereiro.
Quem olha para a fotografia não imagina que a vela, confeccionada com um tecido ultraleve e equipada com sensores que medem a direcção e a velocidade do vento, tem 160 m2 de superfície e se situa a uma altura entre os 100 e os 300 metros. As experiências vão continuar, agora em cargueiros de maior tonelagem e avaliada a poupança nesta viagem pioneira.
Se a economia falar mais alto, poderemos ter a certeza que o ambiente será poupado à contaminação actual pelos dióxidos de carbono e de enxofre, provocada pela navegação comercial, que actualmente representam 4% de todas as emissões.
É curiosa esta tentativa de regresso às velhas técnicas de navegação. Este retrocesso aparente é consequência directa da forma como a humanidade se tem marimbado no ambiente, apesar dos avisos cada vez mais frequentes e cada vez mais intensos que vamos recebendo.
Não sei porquê, mas esta notícia trouxe-me à lembrança aquilo que Einstein disse na década da energia nuclear - «não sei com que armas se fará a 3.ª guerra mundial, mas sei que a 4.º será feita com paus e pedras».

domingo, março 09, 2008

contra a violência

Têm sido vários os debates sobre a violência e a insegurança nas cidades. Penso que este vídeo tem mais força que todas as conversas havidas. Neste caso a imagem impõe-se às palavras. As palavras logo se esquecem, a imagem fica dentro de nós a inquietar, a questionar, a pedir acção de todos nós contra esta praga da violência, filha de outras pragas.


sábado, março 08, 2008

8 de março - parabéns mulheres

Dia Internacional da Mulher. Parabéns a todas e especialmente à minha.



a confirmação, com margot fonteyn e rudolf nurejev

Compreende-se bem que depois de ter conseguido colocar o meu primeiro video neste blog, quisesse ter a certeza de que já o sabia fazer e nada tinha sido por acaso. Por isso, aqui está a prova.


sexta-feira, março 07, 2008

atrevimento conseguido

Só hoje me atrevi a tentar colocar vídeos. Parece que consegui. Se assim for, espero que quem me leia goste do vídeo que escolhi.


quinta-feira, março 06, 2008

o prazer de revisitar videos guardados

Hoje dei comigo a rever alguns dos vídeos, comentários, power points e quejandos que os amigos me vão enviando diariamente e que, por vezes, de tantos serem me deixam quase sem tempo de os abrir. Por isso, quando posso, revejo alguns e dou-me conta de ter recebido algumas pérolas e muitas jóias de fancaria.
Hoje visitei sobretudo sites que me permitem acesso a música de todos os tempos, ligeira e clássica, que ali se encontra à minha disposição e que responde a um simples clic do rato.
Três vídeos me impressionaram mais do que hoje esperava - primeiro a actuação de dois artistas de circo, polacos, exibindo-se em Montecarlo, que ultrapassaram tudo que me foi dado ver até hoje em espectáculo circense no que respeita a coreografia, força, equilíbrio, domínio, coordenação, beleza. A representação viva do que nos parece impossível e impensável. Depois o relembrar de uma grande senhora da canção brasileira, Maysa Matarazzo, cantando em 1975 «último desejo», acompanhada em harmónica vocal por Rildo Hora. Foi um salto de mais de 30 anos nas minhas recordações, rever a Maysa que vi e ouvi cantar no Casino Estoril. Por último, voltar a ouvir o discurso feito por aquela jovem canadiana de 13 anos, na Conferência Mundial sobre o ambiente realizada no Rio de Janeiro, escutar as palavras sensatas e justas por ela proferidas e ver aquela assembleia de representantes do poder mundial, em silêncio total, a deixarem perfurar as suas crostas de indiferença por aquelas palavras arma que uma jovem lhes atirava directamente. Quem a ouvisse e os visse com aquele ar compungido e atento, quase se convencia que por fim eles iriam ser tocados e tomar atitudes.Mas todos sabemos que não foi isso que sucedeu. Eles foram tocados, sim. Naquele momento, talvez durante dias ou meses, enquanto falaram a uns e a outros do que tinham escutado. Mas, tudo ficou por aí. Da jovem ficou em todos uma boa recordação. O ambiente, esse, de tão bem nos conhecer, nem sequer ficou crédulo por instantes. De tanto sofrer os nossos ataques, de tão bem conhecer a nossa indiferença, sabe bem que nós só perceberemos quando tudo tiver chegado ao fim e não houver retorno possível.
De qualquer modo, sabe bem ouvir as palavras justas, a análise correcta sobre a indiferença, mesmo que saibamos que nada acontecerá para além disso - um discurso mais e que venham os croquetes do coffee break...