domingo, fevereiro 28, 2010

acordem cidades do meu país

Nunca me canso de sonhar. Ainda acredito que um dia isto se possa passar no meu país.
Já houve tempo em que as Bandas faziam concertos nos jardins e o povo gostava. Hoje as Bandas que ainda resistem tocam em datas oficiais, desfilam nas ruas, o povo continua a gostar, mas sabe-lhes a pouco. Mesmo assim repito - nunca me canso de sonhar.

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

respeitem quem estuda e sabe

Este vídeo de cinco minutos é uma pequena parte do documentário passado na RTP2 em Abril de 2008, em que o geólogo Prof. Domingos Rodrigues da Universidade da Madeira , alerta para a necessidade de se respeitar o Plano Director para impedir que a falta de critério na construção e os interesses pessoais ou a especulação imobiliária possam levar a tragédias que poderiam ser evitadas ou, pelo menos, diminuídas. À voz da ciência juntava-se a dos ecologistas preocupados. Não quero atirar pedras, quero apenas implorar a quem manda que respeitem a voz de quem estuda e sabe.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

um cérebro muito especial

A experiência registada no vídeo que vos deixo é espantosa. O Channel 5 da televisão inglesa sabendo que Stephen Wiltshire, considerado um dos 100 génios autistas do mundo, tinha uma capacidade de registo de imagens em tudo semelhante a uma videocam, lançou-lhe o desafio de registar em vídeo o seu poder especial. Levou Sthepen Wiltshire num helicóptero e sobrevoou a cidade de Roma durante algum tempo, fazendo uma panorâmica da cidade. Após essa viagem Stephen foi colocado perante uma tela enorme e com uma precisão notável desenhou toda a vista da cidade, durante três dias, como se fosse um registo filmado. Espantoso. Esta experiência ficou registada com o nome de Human Camera.



Ver em ecrã total

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

uma canção pela mudança


É a música a dar a volta ao mundo, feita por músicos de várias latitudes e longitudes, todos com um desejo e uma finalidade comuns - lutar pela mudança através da música, acreditando que esta poderá quebrar barreiras e preconceitos e arejar as mentes mais fechadas e resistentes às mudanças.
São muitas as canções a correr o mundo. No vídeo que vos deixo ouviremos «stand by me», como quem diz fica comigo e, neste caso, junta-te a mim.
Ouçam os cantores do mundo a tocarem e cantarem ao mesmo ritmo, cada um deles dando um pouco de si para que a canção se faça e a mudança venha a acontecer.
Qual mudança? Salvando-nos a nós, salvando o mundo.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

sabia que ...

Eu sei que antes de colocar aqui este vídeo devia ter tido o cuidado e o rigor científico de verificar a exactidão de tudo que nele se pode ler. Sim, eu sei. Mas sei também que embora admita haver um ou outro exagero, uma outra inverdade, no geral ele alerta para uma realidade que aí vem. Pode não ser exactamente assim, haver nuances, haver correcções a fazer, mas estou convencido que a futura realidade não se afastará muito desta de que o vídeo nos fala.
Não fica aqui ciência, nem talvez rigor. Fica apenas uma previsão que poderá ser realidade.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

o vinho e o mosto - um exercício de intertextualidade 28


100
Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho. Pesa-me um como a possibilidade de tudo, o outro como a realidade de nada. Não tenho esperanças nem saudades. Conhecendo o que tem sido a minha vida até hoje - tantas vezes e em tanto o contrário do que eu a desejara -, que posso presumir da minha vida de amanhã senão que será o que não presumo, o que não quero, o que me acontece de fora, até através da minha vontade? Nem tenho nada no meu passado que relembre com o desejo inútil de o repetir. Nunca fui senão um vestígio e um simulacro de mim. O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
(...)
Bernardo Soares, Livro do Desassossego


Não sei se é comum este olhar sobre o passado, o presente e o futuro das nossas vidas. Acredito que ele seja estranho e mesmo considerado anormal pela maioria das pessoas, generalizando eu esta ideia a partir da amostra dos meus amigos mais próximos.
Sei, no entanto, que ele é em tudo coincidente com o que eu penso, melhor direi com o que eu sinto, melhor ainda com o que eu sinto quando tento fazer um «rewind» da minha vida.
Escrevi algures e não sei quando, mas sei que há muito tempo, que olho para mim como um estranho a tudo e a todos e, no entanto, por dentro de tudo continuando sempre fora, personagem de muitas vivências, as mais variadas, testemunha de muitos acontecimentos, de todos os géneros, e contudo e apesar disso, incapaz de uma memória fiel e palpável, apesar de inteiramente vivida.
Se eu quiser descrever o meu passado, posso conseguir alinhavar umas linhas que mais não serão que uma modesta fita do tempo, uma infografia banal e superficial que nunca corresponderá ao grosso do meu passado, da minha vida, e que nunca será melhor do que dele fariam amigos próximos ou parentes afastados.
E isto atormenta-me, embora esta realidade amnésica não seja muito visível aos outros e pouco presente em mim, enquanto tormento. Não só esqueço o passado, como o tormento do seu esquecimento. O passado nunca me aparece por si, para me atormentar, mas apenas quando eu o torno presente, pensando e reflectindo sobre ele.
Posso escrever hoje, como já antes escrevi, que não conheço ninguém além de mim que tão forte e involuntariamente deite fora o seu passado e assim desencorporando-me, me transforme «num vestígio e um simulacro de mim».

CVR

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

a denúncia do cartoon


Este cartoon traduz bem o resultado da fabricada pandemia gripal H1N1 e porque é bom, faz-nos rir. Mas depois - por nos recordar uma das coisas que procuramos esquecer para não chorar - envergonha-nos a todos os que sabendo deste escândalo não protestamos e não lutamos por um mundo melhor, livre de políticos e multinacionais poderosas e sem escrúpulos, cuja bússola de orientação só aponta para o rei cifrão, perdido que está o norte da dignidade, do respeito humano e do sentido de vergonha.
Como é possível saber-se o que se passa e nada se fazer para travar estas desigualdades, este desprezo humano, este cinismo humanitário que, de quando em quando, se mostra em campanhas de branqueamento dos actos criminosos - que outra coisa não são - que continuamente praticam?
Continuamos a assistir como carneiros ou reagimos?

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

cuidado com os juizos apressados

Cada vez se torna mais necessário não fazer juízos apressados, tal a velocidade a que a vida passa e a quantidade de informação que se recebe, de forma tão rápida que não dá para pensar antes de julgar. Tudo isto se agrava com os juízos de carácter das pessoas, em que se cometem erros frequentes, que podem ter consequências graves.
Este vídeo dá alguns exemplos do erro que é julgar apressadamente. E fá-lo duma maneira divertida, mas bem elucidativa do erro que se comete, quando julgamos que tudo que parece, é.