sábado, julho 05, 2008

relembrar nemésio


A cultura, a espontaneidade, a rapidez de raciocínio, os desvios pelos inumeráveis circuitos por onde o pensamento flui, o estar no ecrã como se estivesse sentado numa das poltronas de nossa casa, fizeram dele a memória padrão da televisão portuguesa.
Todos ficámos em dívida com ele, por aquilo que nos ensinou, os caminhos que nos abriu, o estímulo que em todos deixou para tudo aquilo de que o conhecimento se faz.
Penso que só não aprenderam com ele os "senhores" da televisão, que apenas entendem o seu serviço como espectáculo e notícia seja ela qual for e não entendem que acima de tudo a autenticidade pessoal, a verdade e a cultura é que deixam marcas e não passam ao esquecimento imediato.
Para ficar na nossa memória, Nemésio não precisou de aparecer como um periquito engravatado, envolto em cenários de design especial, nem tão pouco virtuais como agora alguns são. A ele, bastava-lhe a câmara que o trazia até nós.
O que me levou a publicar este post sobre Vitorino Nemésio, foi a leitura recente de mais um magnífico texto de José Manuel dos Santos na sua coluna Impressão Digital.
E agora que justifiquei estas minhas pobres palavras, dou-me conta que o melhor que podia fazer (e vou fazer) era transcrever aqui o texto a que agora me referi. Penso que o autor não se importará, já que os leitores, por certo, aplaudirão esta minha decisão. Aqui vai ele, tal como vinha na Actual, do Expresso -

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