Páscoas
Que é feito da cidade branca,
esse tesouro,
prometido há mais de dois mil anos
pelos Homens de ouro
que esfarrapados bebiam o fel dos poderosos?
Quem voltará a transmutar esses metais ignóbeis,
esses homens esboços,
essa ignorância ancestral e gorda
que jaz ainda sobre os destroços
de todas as religiões?
Mortos na vida reinam ainda,
lobos matreiros,
sobre a cidade desvirtuada
e os seus saberes são passageiros
e o seu poder cheira a sangue imaculado.
Cegos permanecem, de tal sorte,
que não vêem
a cidade branca iluminada,
concreta e habitada
pelos que hão-de estar vivos na morte.
Quem lhes pode explicar
que o que interessa,
simplesmente,
não é o saber sempre mais que se gabe,
mas tão-somente
o Viver, apenas, o que se sabe!
José Dias Egipto
esse tesouro,
prometido há mais de dois mil anos
pelos Homens de ouro
que esfarrapados bebiam o fel dos poderosos?
Quem voltará a transmutar esses metais ignóbeis,
esses homens esboços,
essa ignorância ancestral e gorda
que jaz ainda sobre os destroços
de todas as religiões?
Mortos na vida reinam ainda,
lobos matreiros,
sobre a cidade desvirtuada
e os seus saberes são passageiros
e o seu poder cheira a sangue imaculado.
Cegos permanecem, de tal sorte,
que não vêem
a cidade branca iluminada,
concreta e habitada
pelos que hão-de estar vivos na morte.
Quem lhes pode explicar
que o que interessa,
simplesmente,
não é o saber sempre mais que se gabe,
mas tão-somente
o Viver, apenas, o que se sabe!
José Dias Egipto
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