Um blog deve servir, não só para cada um divulgar o que escreve, o que pensa, o que lhe apetece comunicar e partilhar, mas também mostrar o que outros fazem de bom e deve ser conhecido por todos.
Estão neste caso os poetas que precisam de chegar a todos, para se cumprirem. Entendi começar aqui essa espécie de missão, sem qualquer critério de prioridades ou mérito relativo, mas tão só na razão em que os leio ou releio.
Apresento, a quem o não conheça, o poeta espanhol Ángel González, nascido en Oviedo, em 6 de Setembro de 1925 e falecido em 12 de Janeiro de 2008 em Madrid. Estudou Direito na Universidade de Oviedo, mas virou jornalista e poeta, de pendor intimista e grande preocupação social. Tem uma extensa obra literária e recebeu vários prémios de que destaco - nomeação para o Prémio Adonais (1966), Prémio Príncipe de Asturias de las Letras (1985), Prémio Internacional Salerno de Poesía (1991),Prémio Reina Sofía de Poesía Iberoamericana (1996), Prémio Julián Besteiro de las Artes y las Letras (2001) e Prémio de Poesía Ciudad de Granada-Federico García Lorca (2004),
Eleito membro da Real Academia de la Lengua Española em 1996.
Estão neste caso os poetas que precisam de chegar a todos, para se cumprirem. Entendi começar aqui essa espécie de missão, sem qualquer critério de prioridades ou mérito relativo, mas tão só na razão em que os leio ou releio.
Apresento, a quem o não conheça, o poeta espanhol Ángel González, nascido en Oviedo, em 6 de Setembro de 1925 e falecido em 12 de Janeiro de 2008 em Madrid. Estudou Direito na Universidade de Oviedo, mas virou jornalista e poeta, de pendor intimista e grande preocupação social. Tem uma extensa obra literária e recebeu vários prémios de que destaco - nomeação para o Prémio Adonais (1966), Prémio Príncipe de Asturias de las Letras (1985), Prémio Internacional Salerno de Poesía (1991),Prémio Reina Sofía de Poesía Iberoamericana (1996), Prémio Julián Besteiro de las Artes y las Letras (2001) e Prémio de Poesía Ciudad de Granada-Federico García Lorca (2004),
Eleito membro da Real Academia de la Lengua Española em 1996.
Para que yo me llame Ángel González
Para que yo me llame Angel González
para que mi ser pese sobre el suelo,
fue necesario um ancho espacio
y um largo tiempo:
hombres de todo mar y toda tierra,
fértiles vientres de mujer, y cuerpos
y más cuerpos, fundiéndose incesantes
em outro cuerpo nuevo.
Solstícios y equinoccios alumbraron
com su cambiante luz, su vario cielo,
el viaje milenario de mi carne
trepando por los siglos y los huesos.
De su pasaje lento y doloroso
de su huida hasta el fin, sobreviviendo
naufrágios, aferrándose
al último suspiro de los muertos,
yo no soy más que el resultado, el fruto,
Lo que queda, podrido, entre los restos;
esto que veis aqui,
tan sólo esto:
um escombro tenaz, que se resiste
a su ruína, que lucha contra el viento,
que avanza por caminos que no llevan
a ningún sítio. El êxito
de todos los fracasos. La enloquecida
fuerza del desaliento ...