sexta-feira, janeiro 27, 2012

ele disse - vigaristas ...

Depois do eurodeputado Nigel Farage cabe hoje a vez de vos apresentar outro deputado do mesmo partido de Nigel e também eurodeputado, Godfrey Bloom, membro do United Kingdom Independence Party (UKIP) e presidente da European Alliance for Freedom. Eleito em 2004 e reeleito em 2009, tem protagonizado cenas verdadeiramente escaldantes naquele Parlamento, tendo sido já expulso de uma sessão em que participava por ofensas e insultos a Von Rompuy a quem chamou de nazi. O seu comportamento é por vezes incompreensível, na medida em que ora afirma e defende posições que todos aplaudimos e logo em seguida defende posições insustentáveis e indefensáveis. Só o cito aqui porque neste vídeo que hoje vos deixo ele toca um ponto que mais do que nunca se torna importante desmascarar.

as despesas são muitas

Um pouco mais de humor negro. Prometo não tocar mais nesta tecla. Há ocasiões em que até rir nos custa.

um pequeno almoço holandês

O humor continua. Talvez negro, mas humor. Sem mágoa e sem mácula.

terça-feira, janeiro 24, 2012

goldfather

Continuo a pensar que precisamos de rir cada vez mais, se quisermos evitar a depressão reactiva ao estado em que este país vive. Se é verdade que é este país ou aqueles que o governam (e/ou se governam) que tudo faz para nos deprimir, não é menos certo que também são eles a dar os motivos para nos rirmos, servindo-nos deste magnífico remédio para sobrevivermos. Hoje proponho-vos umas boas gargalhadas sobre a nova clique da EDP, convindo contudo não esquecer que em boa verdade são eles, quem sem qualquer ponta de vergonha, riem permanentemente de todos nós, que os continuamos a aturar e nada fazemos para os colocar fora da res pública e privada.

segunda-feira, janeiro 23, 2012

uma esmolinha, por favor ...


A crise toca a todos e tanto é assim que mesmo aqueles que todos pensávamos que dela estariam livres, se verifica com espanto e tristeza que têm também os seus problemas. E não só os têm como parece mesmo não serem pequenos e assim merecerem a nossa atenção. Pessoalmente não me encontro na melhor das situações para resolver prementes necessidades para além da minha, mas atento que sou a quem precisa, se não posso dar para este peditório faço pelo manos aquilo que posso, que é repassar a notícia para vós que, talvez melhor do que eu, possais prestar a ajuda precisa, a quem precisa.

já se fala em hienas ...

Já se passou algum tempo (16 de Novembro de 2011) sobre as acusações proferidas por Nigel Farage no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, contra os senhores da Europa, especialmente a senhora e aqueles que não podem afirmar legitimidade democrática nas suas decisões. Nigel Farage, co-presidente do grupo EFD (Europe of Freedom and Democracy), é um conservador desalinhado que tem levantado alguns problemas interessantes sobre aqueles que pensam que estão acima de qualquer suspeita ou responsabilidade. Nem sempre o que diz se justificará totalmente, mas há sempre uma qualquer coisinha que nos deixa a pensar e que é justamente o que ele pretende. Por isso, aqui deixo este vídeo em que ele, sem papas na língua, diz o que poucos se atreveriam a dizer.

quarta-feira, janeiro 18, 2012

famílias exemplares ...

Este ano anuncia-se trágico e pouco dado a graças e graçolas. Contudo, quando analisamos o dia a dia e os faits-divers que permanentemente nos chamam a atenção pelo relevo que tomam a partir do nada ou coisa nenhuma, não podemos deixar de de tentar compreender as suas razões. Isto tudo para justificar deixar-vos aqui com uma peça de humor crítico, escrito com graça e muito bem solucionado, de um dos casos mais badalados dos últimos quinze dias.

domingo, janeiro 15, 2012

as dívidas soberanas em directo

Para os preocupados com a dívida portuguesa deixo aqui o relógio das dívidas soberanas, para acompanhar a passo e passo a sua evolução. Para além de estar permanentemente informado, poderá controlar melhor aquilo que lhe vão sacando em nome dessa dívida.

quarta-feira, janeiro 11, 2012

para europeus distraídos

Na página 22 da Visão de 5 de Janeiro de 2012, Viriato Soromenho-Marques publicou o artigo que intitulou «A lição de Hamilton para europeus distraídos», um lúcido ensaio sobre a inteligência e visão dos que deixam marcas e a estupidez e mediocridade daqueles que hoje nos governam, incapazes de ver as causas e os efeitos, os problemas e as soluções, ofuscados que estão pelo brilho dos cifrôes e daqueles que na penumbra dos gabinetes os fazem mover em estratégias concertadas com o fim certeiro de enriquecer poucos e empobrecer muitos. Uma luta de poder com mão cifrónica. Penso que faz bem a todos ler este magnífico e esclarecido ensaio sobre a visão justa em causas justas. Dá gosto ver que no ano de 2012 se invoque o espírito e a acção esclarecida de Alexander Hamilton, 1º Secretário do Tesouro dos Estados Unidos da América (1812) e que se recomende hoje ter atenção a acção de um economista duzentos anos antes. O mérito a quem o tem ou teve.


«A lição de Hamilton para europeus distraídos»

«No passado 9 de novembro, quando a dívida pública italiana ultrapassou o Rubicão (7% nos títulos a dez anos), a chanceler Merkel recebeu o importante relatório anual do seu Conselho dos Cinco Sábios. Este órgão, em funções desde 1963, reúne reputados economistas alemães. Uma parte da paz laboral germânica deve-se ao crédíto que este órgão goza junto do patronato e dos sindícatos. No final da reunião, Merkel dísfarçava o mal-estar que lhe causara o facto de, também os seus sábios, terem adíantado que os eurobonds seriam indíspensáveis para a resolução da crise das dívidas soberanas na Europa. O que passou despercebido, mesmo da imprensa económica, foi uma breve nota de rodapé do extenso relatório, onde se dízia terem os peritos alemães retirado inspiração do plano apresentado por A. Hamilton, ao Congresso dos EUA, em 1790.
Alexander Hamilton (1755-1804), o mais visionário dos fundadores dos EUA em matéria económica, foi o primeiro secretário do Tesouro do Governo do Presidente Washington, e um dos obreiros da Constituição elaborada em Filadélfia, em 1787, tendo organizado a clássica obra O Federalista (a Gulbenkian reeditou este clássico em 2011, tendo por base a tradução que coordenei em 2003). Em 1790, os EUA estavam à beira da rutura. A principal razão residia nos conflitos entre Estados relacionados com grandes «dívidas soberanas» acumuladas durante a Guerra de Independência.
Quem conheça a época ficará espantado com a semelhança das situações e argumentos, na Zona Euro. O Massachusetts queixava-se do Connecticut ou de Maryland, por estes terem sido poupados ao esforço de guerra (e de dívida). A Virgínia, embora tivesse sido um terrível campo de batalha,já tinha saldado metade da sua dívida, enquanto Nova Iorque se mantinha numa situação de deliberado incumprimento. Também em 1790 era difícil saber até onde ia a dívida pública. Existiam credores na Europa (bancos holandeses e até britânicos, das dívidas anteriores à guerra), mas sobretudo cidadãos americanos que, apoiando o esforço de guerra, se viam à beira da falência, com títulos de dívida (em valor monetário ou fundiário) sucessivamente desvalorizados.
Hamilton nunca poderia ter lido Marcel Mauss, nem Nietzsche, mas sabia, como o primeiro, que também em política a dádiva pode gerar dívidas simbólicas de lealdade, sem as quais nenhuma sociedade subsiste, e como o segundo, suspeitava que a retórica de transformar as dívidas (schulden) em culpa moral (schuld) - desporto favorito da senhora Merkel- é um mecanismo de opressão e não de libertação. Por isso, lançou, entre 1790 e 1791, o plano económico que iria salvar a América como união federal. No meio de enorme controvérsia, ele continha três medidas fundamentais:
a) mutualização de toda a dívida estadual, transformada em dívida federal (trocando os títulos antigos por novos), restaurando a confiança dos mercados com o pagamento de juros e a promessa futura de vencimento; b) criação do Banco Nacional, com a função de ser o credor de última instância para o frágil e desorganizado sistema bancário da época, e fonte de recurso para o financiamento público; c) criação de um plano de fomento industrial para o emprego e revitalização económica.
Calcula-se que a divida pública dos EUA fosse de 197 milhões de dólares (ajustados a valores de 1980). Em 1811, havia sido reduzida para 49 milhões. A confiança dos mercados permitiu que Jefferson juntasse, em 1803, mais de 2 milhões de km2 aos EUA, comprando a Louisiana francesa por 15 milhões de dólares, obtidos por empréstimo a juros favoráveis. Mas a lição de Hamilton - que a liderança europeia desconhece por egoísmo incompetente - é a de que uma dívida pública tem ser enfrentada com uma resposta sistémica, que vá à raiz dos problemas, e ofereça um horizonte estratégico de futuro. Inversamente, a austeridade perpétua, prometida no acordo de 9 de dezembro, é uma receita segura para a catástrofe europeia».


terça-feira, janeiro 03, 2012

pés descalços

Sanjit Roy, mais conhecido como Bunker Roy nasceu em 2 de Agosto de 1945 em Burnpur Bengal, hoje West Bengal, filho de pai engenheiro e de mãe comissária responsável pelos negócios entre a Índia e a Rússia. Estudou nas melhores escolas indianas e após um Mestrado em Língua Inglesa, resolveu dedicar a sua vida aos outros como educador e activista social, fundando em 1972 uma ONG, em Tilonia, a que chamou Barefoot College, a Universidade dos Pés Descalços.
Nesta Universidade já acolheu e preparou mais de 3 milhões de jovens, escolhidos pelas várias comunidades, para aprenderem as mais diferentes tarefas, em condições de grande simplicidade e apenas com uma refeição por dia.
Admirador de Mahatma Gandi e de Mao Zedong foi incluído pela Time 100 de 2010, como uma das 100 personalidades mais influentes no mundo.
Premiado com vários prémios internacionais (,The Arab Gulf Fund for the United Nations (AGFUND) Award, The World Technology Award for Social Entrepreneurship, The Schwab Foundation for Social Entrepreneurship, The Stockholm Challenge Award for Information Technology, The NASDAQ Stock Market Education Award, The Tyler Prize, The St Andrews Prize for the Environment) recusou o que a Fundação Aga Kan lhe tinha atribuído, por discordar de alguns procedimentos daquela Fundação. Ninguém melhor do que ele vos pode dar uma imagem real da sua vida e da sua paixão e actividade social. Por aqui vos deixo as suas palavras proferidas durante uma conferência TED em Julho de 2011, em Edinburgo que, pela sua extensão, está dividida em duas partes. Vale a pena ouvi-lo. E atentem na citação final de Mahatma Gandi
- «Primeiro eles ignoram-te; depois riem-se de ti; depois combatem-te e, finalmente, tu vences».





(Informação recolhida na Wikipedia)

segunda-feira, janeiro 02, 2012

uma questão de verdade

Ano Novo, Vida Nova. Uma das frases habituais no início de cada ano. Que hoje parece desmentida pelo post anterior e último de 2011. Em ambos um gráfico. Aonde a diferença? No título e na substância. Mas em ambas a mesma preocupação de verdade e esclarecimento. E a verdade algumas vezes incomoda aqueles que não gostam de ser esclarecidos. Paciência. Aqui deixarei sempre o que me parecer que devo deixar. Se não estão de acordo, agradeço que comentem e digam porquê. Um Bom Ano para todos.

Não deixem de ver a fonte da informação aqui deixada e ampliem a fotografia se tiverem dificuldade em ler.