terça-feira, outubro 29, 2013

nazaré blow up

É lindo de ver e assustador. O surf no seu melhor, num dos melhores locais do mundo, com os melhores surfistas actuais.

segunda-feira, outubro 28, 2013

a importância da classe média

São apenas dois minutos. Pode não ser muito importante, mas é mais um passo no conhecimento.

sexta-feira, outubro 25, 2013

breviário de juramentos em tempo de crise

 
 
 
Para aqueles que não leram a última crónica de Ricardo Araújo Pereira, em Boca do Inferno, da Visão, aqui vos deixo este magnífico breviário de juramentos, actualizado. 
 
Juramentos em tempo de crise
«Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa, a menos que o FMI não aprecie a nossa lei fundamental e, por isso, seja melhor fingir que ela não existe. Nesse caso, optarei por engonhar em vez de pedir a fiscalização preventiva de orçamentos obviamente inconstitucionais, para não arreliar os senhores da troika e o próprio Durão Barroso. Creio em um só Deus, os Mercados todo¬-poderosos, criadores do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis, e também das incompreensíveis, como a flutuação das taxas de juro da dívida pública e o rating do País. Creio em um só Senhor, o Capital, filho unigénito de Deus. nascido do Pai antes de todos os séculos, cujos caminhos são misteriosos, uma vez que há operações financeiras que ninguém percebe exactamente como funcionam, como os swaps e os contratos das PPP. Por Ele todas as coisas foram privatizadas. E por nós, devedores. e para nossa salvação desceu dos Céus para nos levar 20% do salário e da reforma, o subsídio de férias e a pensão de sobrevivência. Ámen. Juro, como português e como militar, guardar e fazer guardar a Constituição e as leis da República, servir as Forças Armadas e cumprir os deveres militares, contanto que o funcionamento dos nossos órgãos de soberania não irrite o Presidente José Eduardo dos Santos. Juro defender a minha Pátria e estar sempre pronto a lutar pela sua liberdade e independência, mesmo com sacrifício da própria vida, excepto quando o regime angolano se incomodar com a ex¬tensão da nossa liberdade e independência, altura em que pedirei desculpa por existir. Prometo solenemente consagrar a minha vida ao serviço da Humanidade, se o ministro da Saúde assim mo permitir. Exercerei a minha arte com consciência e dignidade nos poucos serviços de urgência que se mantiverem abertos. A Saúde do meu Doente será a minha primeira preocupação, desde que os tratamentos não sejam demasiado onerosos. Manterei por todos os meios ao meu alcance, a honra e as nobres tradições da profissão médica, junto de enfermeiros sub¬-contratados e pagos a menos de 4 euros à hora. Não permitirei que considerações de religião, nacionalidade, raça, partido político ou posição social se interponham entre o meu dever e o meu Doente. Já bastam as horas extraordinárias motivadas pela escassez de pessoal a perturbarem-me o raciocínio. Guardarei respeito absoluto pela Vida Humana, desde que o titular dessa Vida Humana tenha dinheiro para suportar o aumento das taxas moderadoras e a diminuição da com participação de medicamentos e exames de diagnóstico».

terça-feira, outubro 22, 2013

landfill harmonic

Não tenho informação sobre a realidade que aqui vos deixo, para além da que está contida no vídeo. Mas, neste caso, mais do que a informação, importa a forma como somos «tocados». Aqui fica, para não ser só eu  a ser tocado.
 

segunda-feira, outubro 21, 2013

a broa dos velhos


Todos sabem isto, mas convém recordar e por personalidades diferentes. Assim se prova que a verdade é só uma. Deixo aqui o artigo escrito por Alberto Pinto Nogueira, Procurador-geral da república no Tribunal da Relação do Porto, que intitulou A broa dos velhos.
 
A broa dos velhos
«A República vive da mendicidade. É crónico. Alexandre de Gusmão, filósofo, diplomata e conselheiro de D. João V, acentuava que, depois de D. Manuel, o país era sustentado por estrangeiros. Era o Séc. XVIII. A monarquia reinava com sumptuosidades, luxos e luxúrias. A rondar o Séc. XX, Antero de Quental, poeta e filósofo, acordava em que Portugal se desmoronava desde o Séc. XVII. Era pedinte do exterior. A Corte, sempre a sacar os cofres públicos, ia metendo vales para nutrir nobrezas, caçadas, festanças e por aí fora…. Uma vez mais, entrou em bancarrota. Declarou falência em 1892. A I República herdou uma terra falida. Incumbiu-se de se autodestruir. Com lutas fratricidas e partidárias. Em muito poucos anos, desbaratou os grandes princípios democráticos e republicanos que a inspiraram. O período posterior, de autoritarismo, traduziu uma razia deletéria sobre a Nação. Geriu a coisa pública por e a favor de elites com um só pensamento: o Estado sou eu. Retrocedia-se ao poder absoluto. A pobreza e miséria dissimulavam-se no Fado, Futebol e Fátima. As liberdades públicas foram extintas. O Pensamento foi abolido. Triturado. O Povo sofria a repressão e a guerra. O governo durou 40 anos! Com votos de vivos e de mortos. A II República recuperou os princípios fundamentais de 1910, massacrados em 1928. Superou muitos percalços, abusos e algumas atrocidades. Acreditou-se em 1974, com o reforço constitucional de 1976, que se faria Justiça ao Povo. Ingenuidade, logro e engano. Os partidos políticos logo capturaram o Estado, as autarquias, as empresas públicas. Nada aprenderam com a História. Ignoram-na. Desprezam-na. Penhoraram a Nação. Com desvarios e desmandos. Obras faraónicas, estádios de futebol, auto-estradas pleonásticas, institutos públicos sobrepostos e inúteis, fundações público-privadas para gáudio de senadores, cartões de crédito de plafond ilimitado, etc. Delírio, esquizofrenia esbanjadora. O país faliu de novo em 1983. Reincidiu em 2011. O governo arrasa tudo. Governa para a troika e obscuros mercados. Sustenta bancos. Outros negócios escuros. São o seu catecismo ideológico e político. Ao seu Povo reservou a austeridade. Só impostos e rombos nas reformas. As palavras "Povo” e “Cidadão” foram exterminadas do seu léxico. Há direitos e contratos com bancos, swaps, parcerias. Sacrossantos. Outros, (com trabalhadores e velhos) mais que estabelecidos há dezenas de anos, cobertos pela Constituição e pela Lei, se lhe não servem propósitos, o governo inconstitucionaliza aquela e ilegaliza esta. Leis vigentes são as que, a cada momento, acaricia. Hoje umas, amanhã outras sobre a mesma matéria. Revoga as primeiras, cozinha as segundas a seu agrado e bel- prazer. É um fora de lei. Renegava a Constituição da República que jurou cumprir. Em 2011, encomendou a um ex-banqueiro a sua revisão. Hoje, absolve-a mas condena os juízes que, sem senso, a não interpretam a seu jeito!!! Os empregados da troika mandam serrar as reformas e pensões. O servo cumpre. Mete a faca na broa dos velhos. Hoje 10, amanhã 15, depois 20%. Até à côdea. Velhos são velhos. Desossem-se. Já estão descarnados. Em 2014, de corte em corte (ou de facada em facada?), organizará e subsidiará, com o Orçamento do Estado, o seu funeral colectivo. De que serviu aos velhos o governo? E seu memorando?»

quarta-feira, outubro 16, 2013

que americanos mais queridos...

Tenho uma vaga ideia de já ter colocado aqui este vídeo. Tentei localizá-lo e não consegui. Como é uma pérola do cinema dos anos 60 e mesmo tendo em conta a propaganda subliminar que pode conter, penso que é melhor correr o risco de o repetir do que ignorá-lo. Aqui o deixo para vosso prazer e recordação.


segunda-feira, outubro 14, 2013

memória em imagens - nasser et les frères...

Sem comentários. Vão lá muitos anos e muitas transformações. Necessita de meditação e crítica. Razões bastantes para recuperar esta memória de Gamal Abdel Nasser..
 

domingo, outubro 13, 2013

será que george soros terá razão?

 
Na edição da Visão do passado dia 10, publicou Viriato Soromenho Marques o artigo de opinião que aqui vos deixo, juntamente com a imagem com que foi publicado. Retoma nele a ideia de George Soros de transformar o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) num «Banco» com a devida licença bancária, que lhe permitisse o recurso ao BCE e beneficiar da taxa de 0,5%, como a dos outros bancos. Isso poderia resolver todas as crises presentes e futuras desta Europa em convulsão e anemia económicas. Parece-me que gostarão de o ler e perguntarem-se porque razão todas aquelas cabecinhas luminosas que se passeiam por Bruxelas, não são capazes de dar o passo em frente.
 
«De vez em quando as agências noticiosas dão conta de inquéritos de opinião, independentes, que quase passam despercebidos, efetuados em toda a União Europeia (UE), sobre as questões que colocam os governos em rota de colisão com os seus povos. Em maio deste ano, o Pew Research Center realizou um inquérito em vários países europeus, visando medir o grau de adesão dos diferentes eleitorados à Zona Euro (ZE). Surpreendentemente para muitos observadores, apesar da duríssima austeridade, a maioria esmagadora da população quer que os seus países nele continuem. A Grécia está em primeiro lugar, com 69%, seguida da Espanha, com 67%, e da Alemanha, com 66%. Na Espanha e na Itália, a opinião favorável ao euro cresceu entre 2012 e 2013. Dia 2 de outubro, o instituto Gallup divulgou outro inquérito, ainda politicamente mais sensível, sobre o balanço da austeridade. Interrogados sobre se a austeridade está ou não a dar os resultados prometidos. 51% dos inquiridos disseram que não está. Apenas 5% concordam com a continuação desta via dolorosa. Nos países fustigados pela austeridade, os respondentes céticos em relação ela escalam para 94% dos gregos, 81% dos portugueses, 80% dos espanhóis. Mas, mesmo na Alemanha, 50% considera existirem outras opções melhores do que a austeridade, enquanto 25% não concebe outro caminho. Diagnósticos e terapias - Mas o mais surpreendente é verificarmos que a desconfiança dos povos europeus no sistema bancário é absolutamente esmagadora. Curiosamente. Portugal é o campeão das atitudes mais favoráveis do público em relação à banca: 40% confia nos bancos, contra 54% que desconfia. Até os alemães temem mais os bancos do que os portugueses: 37% contra 62%. A desconfiança eleva-se para 87% em Espanha, 84%, na Irlanda ou 80% na Grécia. É impossível não destacar o consenso dos cidadãos europeus em relação a origem da crise em que estamos mergulhados: ela foi causada pelos abusos do setor financeiro, o que, na Europa, é quase sinónimo de setor bancário. O cidadão comum, em todos os países da EU, não parece engolir a narrativa dos «Estados que viveram acima das suas possibilidades», usada como desculpa para a austeridade. Na verdade, a cumplicidade e a promiscuidade entre governos e bancos são intensas, o que, aliás, explica a ausência total de regulação eficaz como se viu na queda da Irlanda, no Bankia em Espanha, no Paschi em Itália e nos casos BPN e BPP em Portugal. A reforma dos Tratados - A única maneira segura e estrutural de fazer sair a Europa da crise será a da reforma profunda dos Tratados, construindo as instituições de um federalismo republicano e constitucional à escala europeia. Mas, se os governos escutassem a dor dos seus povos, em vez dos interesses da pequena elite do poder financeiro, mesmo sem mudar poderiam ser tomadas medidas que aliviariam a austeridade, e que, ao contrário desta, estariam predestinadas a ter sucesso. Por exemplo, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) na linha de uma sugestão já antiga de George Soros, poderia receber uma licença bancária. Em vez de ir buscar os seus fundos aos mercados mediante emissões obrigacionistas, com garantia dos Estados da ZE (incluindo Portugal), o MEE iria buscar o dinheiro ao BCE, à mesma taxa de referência oferecida à banca comercial. As garantias poderiam ser as mesmas oferecidas aos credores obrigacionistas, caindo as taxas de juro para 0,5% Com isso, o alivio na despesa anual com juros permitiria realizar as reformas estruturais, num quadro constitucional, ao mesmo tempo que aliviaria o impacto da austeridade sobre a procura interna, contribuindo para o desenvolvimento económico. Contudo, as enormes vantagens desta solução prejudicariam o mito sacrossanto da valorização interna como via para a competitividade, e lesariam os lucros da especulação com a divida pública. Razão tinha Henry Ford quando afirmava que se o povo percebesse como funcionava o sistema monetário e bancário, aconteceria uma revolução antes do amanhecer do dia seguinte».

sábado, outubro 12, 2013

a arte e o génio da relojoaria

Não podia deixar de vos deixar aqui esta pequena maravilha da arte da relojoaria e daquela chispa de genialidade que o artesão tem de ter, para além da técnica. Chamo-lhe arte da relojoaria, não porque se trate apenas de um relógio, mas fundamentalmente de um autómato que escreve - desde há mais de 200 anos - mas porque foram mãos de relojoeiro que lhe deram vida. Palmas e muitas, desde já, para o seu criador, o suíço Pierre Jaquet-Droz. Este vídeo foi realizado pela prestigiada BBC, para o seu programa Mechanical Marvels: Clockwork Dreams e comentado pelo Prof. Simon Schaffer.

quinta-feira, outubro 10, 2013

falar claro

Sem palavras, nem comentários. Vejam e ouçam como se fala claro. Graças a Deus.

quarta-feira, outubro 02, 2013

memória em imagens - a rendição do japão

Sem palavras necessárias. Apenas a memória em imagens. Hoje, a assinatura da rendição do Japão a bordo do Missouri.