Magnificamente interpretado por Romeu Runa e Elisabeth Lambeck, com conceito, espaço cénico, textos, cenografia, desenho de luz e multimédia de Rui Horta.
Espectáculo diferente, com envolvimento de bailarinos e espectadores. Todo o desenvolvimento de Scope se faz no palco para onde os espectadores são conduzidos no início do espectáculo. Pulseiras de cor são colocadas, à entrada, nos pulsos de cada espectador, com cor diferente para cada sexo.
O espectáculo começa com os bailarinos, cada um em seu palco elevado, dançando em ambiente de discoteca e a pouco e pouco transfigurando os seus corpos, colocando músculos onde os não havia, nádegas e mamas onde fariam falta. Começando a mentira.
Só bastante depois as pulseiras se explicam – quando os espectadores são convidados a colocarem-se num quadrado de chão com a sua cor e a segui-lo para onde ele o levar. Começa a participação do público no espectáculo e a sua integração. Com o jogo dos quadrados duas plateias se formam, no palco. E começa o bailado, o jogo do amor e da verdade. Aprofundar o olhar sobre a comunicação e as inevitáveis fronteiras que entre nós colocamos.
E como diz Rui Horta - E que território de mal-entendido mais universal existirá que o do amor?
É bom ver-se uma nova dimensão do bailarino, dançando, representando, falando. Gostei muito e aconselho.
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