terça-feira, dezembro 15, 2009

olhem mais para o país e menos para os vossos umbigos


Ao ler há dias o editorial de André Macedo no jornal i, achei que ele tinha tocado bem no sismo que assola o país nesta legislatura, caracterizado por um acerto de contas entre partidos e figuras de proa, em que esta proa de alguns visa mais o afundamento do navio Portugal, do que ajudar a levá-lo (como se pede e devem fazer) a bom porto. Resolvi pois, transcrever aqui a parte final desse Editorial, por me parecer ser bem ilustrativo da situação. Só agora o transcrevo porque tive a esperança que nestes dias que passaram houvesse sinais de mudança. Enganei-me. Por isso, aqui vai hoje.
«Forçar leis e modificações com impacto social e orçamental à margem do que pretende o primeiro-ministro é não apenas batota, é um risco enorme para o país. Se em Portugal os governos já são acometidos de vários ataques de esquizofrenia - defendem tudo e o seu contrário -, se lhe juntarmos o coro de vozes dos deputados e a suas influenciáveis e pueris vontades, não teremos governo nenhum, mas um desgoverno ainda mais perigoso, lunático e analfabeto.

Chumbar as leis propostas pelo governo se forem consideradas negativas, sim, esse é um dever da oposição. Mas serão todas as leis más, como parece hoje? Todas erradas e estúpidas? Passámos de um país absolutamente centrado nos humores e vontades do ego do primeiro-ministro, para outro onde o centro do poder tresmalhou-se pelos corredores lustrosos da Assembleia da República. O poder não caiu na rua, caiu nas bancadas parlamentares, onde, apesar da aparência, a vontade de reformar o país passa demasiadas vezes para último plano, muito atrás das vinganças e das estratégias para substituir o poder logo ao virar da esquina. Há muitos anos que não se via tremenda irresponsabilidade política. Sócrates talvez mereça O país, não merece. Cavaco Silva, onde andas?»

1 comentário:

msg disse...

Muito boa noite,CARO DOUTOR

Linda imagem.Que Azul e que Águas!
Para onde irá a Sagres?

Muito boa saúde.