Chegou ao fim Agosto. O mês de férias preferido pela generalidade das pessoas e o único em que eu nunca pedi ou gozei férias. Para falar verdade, o mês em que eu sempre tive magníficas férias em Lisboa, cidade onde consumi minha vida, trabalhei que me fartei e me enriqueci culturalmente como pude e soube. Lisboa, em Agosto, é outra cidade. Uma cidade em que se pode viver, em que apetece viver. O tempo parece dilatar-se e a cidade dá-se a ver com mais intensidade. Pormenores, recantos, manchas verdes, sons, que nos outros meses não se mostram ou nos passam despercebidos.
Agora que não vivo na grande cidade, mas aonde continuo a trabalhar em «partíssimo time», para além da tal cidade diferente aprecio ainda a entrada nela, completamente diferente. Em vez de gastar (é o termo)
Sei, tenho a certeza, que na próxima segunda-feira, dia 3 de Setembro e apesar de ainda não terem começado as aulas, eu já não vou gozar assim a minha chegada e em vez disso voltarei novamente a gastar aquele tempo imenso, onde começa a fermentação do stress.
Sairei de casa preparado e irei ao longo dos noventa quilómetros que tenho de percorrer, fazendo os exercícios mentais a que sou obrigado para aguentar estoicamente aquela chegada à meta da minha viagem.
Só sou obrigado a esse sacrifício uma vez por semana. Tenho muita sorte. Coitados daqueles que todos os dias têm de passar por isso.
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