Não costumo «embarcar» nestes meninos prodígios que por aí vão abundando, a menos que tenha razões que me levem a acreditar ou a não duvidar da veracidade desses prodígios.
No que respeita à arte sou ainda mais resistente, sobretudo depois de ter sido presenteado com um magnífico vídeo que nos mostrava uma escola de ensino básico madrilena em que a professora colocara uma tela sobre a mesa e disse aos seus alunos para que usassem as mãos, os pincéis e todas as tintas que quisessem para fazer uma pintura naquela tela virgem. Pois bem, depois desta pronta, a professora conseguiu entrar na famosa ARCO de Madrid e dependurar num espaço livre a tela recém pintada. Até aqui tudo bem. O que pretendia a professora? Testar as opiniões dos eruditos frequentadores daquela famosa mostra de arte moderna. E a nossa surpresa atinge o quase impensável quando ouvimos tais mestres e amantes de arte, opinar sobre a qualidade e até o preço justo daquela obra exposta, para eles de autoria desconhecida. As palavras inflamadas de tais pseudo eruditos deixa-nos pasmados quando os ouvimos falar da força expressiva do pintor, da carga erótica do desenho, do sofrimento que transparece de tal obra. Só visto. Por isso, estou avisado e de pé atrás. Ainda mais de pé atrás quando ouvi e vi na televisão o pai de Aelita pronunciar-se sobre a arte da sua filha. Tudo aquilo sabia tanto a falso, a marketing, a embuste, que esqueci o prodígio da arte de Aelita Andre. Até que hoje, vendo um vídeo relativamente extenso em que a vemos a pintar e a criar, qual Pollock, tivemos que nos interrogar e deixar aqui as nossas inquietações. Não foi o vê-la pintar que me fez mudar de opinião, mas sim e apenas os seus olhos e a expressão deles em vários momentos da sua criação. Quem olha assim, quem regula o tempo entre o olhar, a meditação e o gesto pictoral não está a fazer de autómato ou a representar um papel. Está mesmo a criar seja o que isso seja para ela. Pouco me interessa que ela tenha a sua primeira exposição numa Galeria de Nova Iorque e muito menos que já tenha vendido todos os seus quadros. Apenas me interessou a beleza de algumas telas e o olhar de Aelita. Vamos ver no que isto dá.
No que respeita à arte sou ainda mais resistente, sobretudo depois de ter sido presenteado com um magnífico vídeo que nos mostrava uma escola de ensino básico madrilena em que a professora colocara uma tela sobre a mesa e disse aos seus alunos para que usassem as mãos, os pincéis e todas as tintas que quisessem para fazer uma pintura naquela tela virgem. Pois bem, depois desta pronta, a professora conseguiu entrar na famosa ARCO de Madrid e dependurar num espaço livre a tela recém pintada. Até aqui tudo bem. O que pretendia a professora? Testar as opiniões dos eruditos frequentadores daquela famosa mostra de arte moderna. E a nossa surpresa atinge o quase impensável quando ouvimos tais mestres e amantes de arte, opinar sobre a qualidade e até o preço justo daquela obra exposta, para eles de autoria desconhecida. As palavras inflamadas de tais pseudo eruditos deixa-nos pasmados quando os ouvimos falar da força expressiva do pintor, da carga erótica do desenho, do sofrimento que transparece de tal obra. Só visto. Por isso, estou avisado e de pé atrás. Ainda mais de pé atrás quando ouvi e vi na televisão o pai de Aelita pronunciar-se sobre a arte da sua filha. Tudo aquilo sabia tanto a falso, a marketing, a embuste, que esqueci o prodígio da arte de Aelita Andre. Até que hoje, vendo um vídeo relativamente extenso em que a vemos a pintar e a criar, qual Pollock, tivemos que nos interrogar e deixar aqui as nossas inquietações. Não foi o vê-la pintar que me fez mudar de opinião, mas sim e apenas os seus olhos e a expressão deles em vários momentos da sua criação. Quem olha assim, quem regula o tempo entre o olhar, a meditação e o gesto pictoral não está a fazer de autómato ou a representar um papel. Está mesmo a criar seja o que isso seja para ela. Pouco me interessa que ela tenha a sua primeira exposição numa Galeria de Nova Iorque e muito menos que já tenha vendido todos os seus quadros. Apenas me interessou a beleza de algumas telas e o olhar de Aelita. Vamos ver no que isto dá.
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