segunda-feira, fevereiro 01, 2010

cuidado com os juizos apressados

Cada vez se torna mais necessário não fazer juízos apressados, tal a velocidade a que a vida passa e a quantidade de informação que se recebe, de forma tão rápida que não dá para pensar antes de julgar. Tudo isto se agrava com os juízos de carácter das pessoas, em que se cometem erros frequentes, que podem ter consequências graves.
Este vídeo dá alguns exemplos do erro que é julgar apressadamente. E fá-lo duma maneira divertida, mas bem elucidativa do erro que se comete, quando julgamos que tudo que parece, é.

3 comentários:

msg disse...

Muito bom dia,CARO DOUTOR

Esperando não estar a abusar do seu precioso espaço,aqui estou,mais uma vez,sugestionado pelo seu texto e pelo vídeo.E a sugestão é

QUEM DIRIA?

Ah estes julgamentos apressados,levianos. Quantas vezes, muito diferente a realidade é. Um nunca acabar de enganos.
Ele não era muito velho,mas mostrava um ar acabado. Viam-no sair de casa,às vezes,um tanto cedo. Sempre sozinho,do olhos no chão. Iria dar a sua volta higiénica,distrair-se. Em tempos,acontecera ter com ele uma conversa curta,que sugeria ter-lhe sucedido coisa desagradável lá no seu escritório. Sempre triste,andaria curtindo mágoas.
E um dia,calhou, mais uma vez,um encontro. Então,vai dar o seu passeio? Antes fosse. Alguma coisa de grave? Comigo,não. É que eu visito, todas as manhãs, uma velhinha que não pode sair de casa. Não é bem uma visita. Presto-lhe assistência. Coitada dela,para ali sozinha,sem ter quem a ajude. Olhe,é o meu entretém. Vou até lá e sempre lhe torno a vida um pouco mais leve.
E esta? Quem diria? E a julgar-se que ele ia ver as vistas,estar com um ou outro amigo, num café,ler o jornal,muito provavelmente,desportivo. E afinal,o senhor ia prestar assistência a uma velhinha que não lhe era nada,apenas um antigo conhecimento. Quem é que iria supor,neste tempo de egoísmos? Mas esta era a realidade.

E pronto,CARO DOUTOR,esgotada a sugestão,muito obrigado pela oportunidade de a revelar.

Muito boa saúde.

msg disse...

Muito bom dia,CARO DOUTOR

Desculpe estar,mais uma vez,a bater-lhe à porta.
É que acabei de dar com os seus textos do início. Com o que já tem escrito,aqui,e em muitos demais sítios,é de muito admirar como tem sempre coisas para nos oferecer.
Detive-me no seu texto sobre Agostinho da Silva. Pois é,CARO DOUTOR,não tenhamos ilusões. É assim,é este enraizado USAR O OUTRO,que virá lá dos começos da arrancada.Será a luta pela vida. Sera o diabo. Será a carestia. Será a cobiça. Será o EU e o TU,esse lindo par,que tantas tem feito.
Finalmente,CARO DOUTOR,tinha de ser,este meu EU tinha de dar um ar da sua graça,ou desgraça,pelo que lhe deixa

SÓ COM SETE

Não resta dúvida de que isto não vai ser nada fácil. A senhora era muito republicana,mas não se importava nada de ser marquesa, condessa,uma coisa assim,com os respectivos apetrechos,claro. Calhava-lhe mesmo bem,agora que já ia no declinar da vida.
Não havia de calhar,e não só a ela? Ah, este bichinho lá de dentro sempre a sonhar com grandezas. Era o caso,com os devidos descontos,daquela outra senhora que só aceitaria um certo lugar se lhe dessem seis criados,seis. Ela,coitada,com a categoria de servente já há uns bons anos,sem possibilidade de ter um sequer,visto o marido estar também como ela.
A pedir,ou a exigir,ao menos,que seja coisa de jeito. Se não,o que se lhe haveria de chamar? Sim,que ou há moralidade, ou comem todos. Sou republicana,pois então,com muita honra e pouco proveito,mas se vir que doutro modo me arranjo melhor não hesitarei. Então,não vai com cinco? Nem pensar nisso. Só com seis. Mas pensando melhor,ficaria mais bem servida com sete. Só com sete,está dito.

Mais uma vez,as minhas muitas desculpas pela invasão,os meus muitos agradecimentos pelas atenções,e,sobretudo,a minha muita admiração pelo seu saber,sinal mais que evidente de que tem trabalhado.
Muito boa saúde.

cvr disse...

Só este texto é que me aliviou o cinzentismo com que hoje passei o dia. Li «Só com sete» e digo-lhe - este pôs na minha cara um sorriso que ainda não desapareceu. Imagine-se que eu dizia - só com sete como este!
Um abraço do cvr