quinta-feira, agosto 16, 2007

passar a fronteira

Tenho que tomar a decisão de transformar este depósito de textos meus, num verdadeiro blog. Com respiração natural e um ritmo que lhe assegure a vida. Há que alimentá-lo, com frequência, se possível todos os dias, para que se mantenha de boa saúde e cresça naturalmente.
Não o tenho feito, porque me devo perguntar, lá bem no fundo, para quem escrevo. Para mim ou para quem me queira ler?
E se escrever para quem me queira ler, quem me garante que alguém o faça?
Penso que até nos blogues, não basta escrever bem ou razoavelmente, ter ideias interessantes, manifestar opiniões sensatas e estimáveis, mas que é necessário o todo poderoso marketing, senhor poderoso destes nossos tempos, traga até ele os leitores.
Sempre me dei mal com tal senhor e muito pior com um seu companheiro ainda mais poderoso - o poder económico.
Será que mesmo com relações inexistentes com este senhor eu vou ter quem me leia?
A ver vamos, como diz o cego.
E que outra coisa sou eu, senão cego. Não se diz que cego é aquele que não quer ver?
CVR

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