Entre mim e a vida há um vidro ténue. Por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar.
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
Entre mim e a vida não há um vidro, mas um estado de alma, um escudo defensivo, quase sempre, ofensivo muitas vezes, que, embora me permita vê-la com nitidez e na sua quase totalidade, me impede compreendê-la a maioria das vezes e por mais que me esforce.
Há sempre um pequeno degrau a subir ou a descer, entre a vida real e o real que ela me transmite ou me permite prever.
É qualquer coisa de indefinível, qualquer coisa de faz de conta, que baralha a realidade, as realidades da realidade. Comigo, o que se passa é que nunca posso afirmar, ter a certeza de que a vida é isto ou aquilo, qualquer coisa definível, mas antes qualquer coisa de incerto, que me parece ser assim como a penso, mas se vem a verificar ser o seu contrário.
A vida é difícil de viver. Imagine-se como será por quem a vê assim ou por quem dela apenas esta visão lhe é consentida.
As voltas que eu lhe daria se pudesse deitar-lhe a mão!
CVR
Há sempre um pequeno degrau a subir ou a descer, entre a vida real e o real que ela me transmite ou me permite prever.
É qualquer coisa de indefinível, qualquer coisa de faz de conta, que baralha a realidade, as realidades da realidade. Comigo, o que se passa é que nunca posso afirmar, ter a certeza de que a vida é isto ou aquilo, qualquer coisa definível, mas antes qualquer coisa de incerto, que me parece ser assim como a penso, mas se vem a verificar ser o seu contrário.
A vida é difícil de viver. Imagine-se como será por quem a vê assim ou por quem dela apenas esta visão lhe é consentida.
As voltas que eu lhe daria se pudesse deitar-lhe a mão!
CVR
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