quarta-feira, fevereiro 06, 2008

o teatro garcia de resende

Tinha lido na Agenda Cultural que hoje havia teatro no Garcia de Resende. A peça dava pelo nome de «Cabaré de Ofélia», da autoria de Armando Nascimento Rosa, anunciada como, e sirvo-me da Agenda, obra inédita, cómica e dramática, poética e musical, que revisita teatralmente o universo do modernismo português, da geração de «Orpheu».

Com tempo, dirigi-me à bilheteira do Teatro Garcia de Resende para comprar, com antecedência, bilhete para essa noite. Com tristeza recebi a notícia de que não haveria espectáculo por um dos artistas ter sofrido um acidente. Tristeza tripla – porque a causa tinha sido um acidente, por não ver o espectáculo e por não revisitar o Garcia de Resende depois das obras havidas.

Quando manifestei esta tripla tristeza, prontamente uma das integrantes do CENDREV se prontificou a acompanhar-me numa visita ao teatro. Foi uma visita guiada magnífica, em que tive oportunidade de rever os primitivos Bonecos de S. Aleixo que ainda ali se encontram em bom estado de conservação. No palco vi várias pessoas que faziam parte de um grupo de teatro que proximamente ali quer apresentar uma peça e previamente verificavam as condições cénicas do teatro. Confirmei que havia colaboração e disponibilidade. No salão nobre havia uma reunião de trabalho sobre programação e calendário de trabalho. Confirmei que havia trabalho e planeamento.

Soube também da parceria existente com outros teatros, nomeadamente com o Teatro da Trindade, o que me vai permitir assistir em Lisboa à peça que hoje me foi impossível ver em Évora.

E, brevemente, fins de Fevereiro, princípio de Março, a Companhia de Évora apresentará Goldoni no Teatro Nacional D. Maria II.

Apesar das escassas verbas da Cultura e do apoio ao Teatro, podemos ver que algo mexe e que, para que isso suceda, mais do que as verbas e os apoios, conta a vontade, dedicação e amor de quem ama o Teatro e o dá a ver.


1 comentário:

Rui Rebelo disse...

O teatro mais bonito de Portugal.