Uma chuva ácida
Me atravessa,
Estrato a estrato,
Meu corpo deserto.
Deserto ficando,
Pois deserto não estava.
Da dor, não sei.
Que o nada não dói.
Mas, se o corpo deserto está,
E se o nada assim não dói,
Porquê esta dor funda
De tua ausência,
Me ocupando?
CVR
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