quarta-feira, março 01, 2006

chuva ácida


Uma chuva ácida
Me atravessa,
Estrato a estrato,
Meu corpo deserto.

Deserto ficando,
Pois deserto não estava.

Da dor, não sei.
Que o nada não dói.

Mas, se o corpo deserto está,
E se o nada assim não dói,

Porquê esta dor funda
De tua ausência,
Me ocupando?

CVR

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