Mas, o destino é forte e prega-nos partidas sempre que quer, sempre que nós o não podemos controlar, domesticar.
Foi o que fez agora. Acabei de escrever na página anterior que parava, porque me faltava razão para continuar escrevendo e eis que feita a interrupção, que eu não sabia que seria assim, a escrita já dada como finda, por hoje, ataquei o livro que requisitei e verifiquei rapidamente, tão rapidamente como agora o escrevo, que era exactamente igual ao que tenho em casa e a Memória II que procurava também aqui não existe. O que, com grande probabilidade, significará que José Maria Soares a não chegou a escrever.
E quis ainda o destino que, após essa verificação, eu não me pudesse ir embora, pois aguardo umas fotocópias da semana passada. Assim, tenho que continuar escrevendo, desarmado que fiquei de argumentos usáveis. Claro que me ficava sempre o argumento de não argumentar, de omitir, de nada dizer, e para aqui ficar pensando, olhando, pensando, com o pensamento em ebulição, ou completamente parado, como às vezes me sucede, e que mesmo assim eu continuo a pensar que estou pensando.
Mas, qualquer honestidade não sei bem para com quem, talvez a tal vaidade incontrolável, talvez o desafio, fizeram com que eu atacasse, de novo, o papel e aqui esteja escrevendo, não sei bem o quê, e não sei, sobretudo, para quê.
Costumo dizer, quando escrevo pequenas coisas, e as guardo de seguida, que são apontamentos, pontos de partida para maiores fôlegos, mas, honestamente vos digo, melhor seria dizer me digo, que nunca me passou pela cabeça ter alguma vez tempo para desenvolver ou pegar naquilo que vou escrevendo, nos papéis que vou guardando, nas fotocópias que acumulo e que a minha descendência, primeira ou segunda geração, destruirá, perguntando sempre para que é que eu guardava esta tralha, esta merda toda.
Foi o que fez agora. Acabei de escrever na página anterior que parava, porque me faltava razão para continuar escrevendo e eis que feita a interrupção, que eu não sabia que seria assim, a escrita já dada como finda, por hoje, ataquei o livro que requisitei e verifiquei rapidamente, tão rapidamente como agora o escrevo, que era exactamente igual ao que tenho em casa e a Memória II que procurava também aqui não existe. O que, com grande probabilidade, significará que José Maria Soares a não chegou a escrever.
E quis ainda o destino que, após essa verificação, eu não me pudesse ir embora, pois aguardo umas fotocópias da semana passada. Assim, tenho que continuar escrevendo, desarmado que fiquei de argumentos usáveis. Claro que me ficava sempre o argumento de não argumentar, de omitir, de nada dizer, e para aqui ficar pensando, olhando, pensando, com o pensamento em ebulição, ou completamente parado, como às vezes me sucede, e que mesmo assim eu continuo a pensar que estou pensando.
Mas, qualquer honestidade não sei bem para com quem, talvez a tal vaidade incontrolável, talvez o desafio, fizeram com que eu atacasse, de novo, o papel e aqui esteja escrevendo, não sei bem o quê, e não sei, sobretudo, para quê.
Costumo dizer, quando escrevo pequenas coisas, e as guardo de seguida, que são apontamentos, pontos de partida para maiores fôlegos, mas, honestamente vos digo, melhor seria dizer me digo, que nunca me passou pela cabeça ter alguma vez tempo para desenvolver ou pegar naquilo que vou escrevendo, nos papéis que vou guardando, nas fotocópias que acumulo e que a minha descendência, primeira ou segunda geração, destruirá, perguntando sempre para que é que eu guardava esta tralha, esta merda toda.
O grilo artificial dum telefone interno distraiu-me daquilo que estava pensando e acabou agora de cantar, mas já não a tempo de ter evitado este parágrafo.
Não resisto à interferência do canto de um grilo. Não valho um caracol.
Fim.
Fim.
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