E, um dia encontrei-a. Há sempre um dia em que isso tem de suceder para que um homem possa morrer em paz.
Encontrei-a e dei-lhe um nome -- Mun. Encontrei-a. Encontrámo-nos. Sabemos o sabor das coisas boas e também das más. Do saldo, de umas e de outras, se faz a vida.
E, a vida é uma espécie de conta corrente. Só no fim se saberá se se perdeu, se se ganhou. E, quem poderá decidir sobre uma coisa e outra? Quem tem o peso e a medida?
Hoje dei um longo passeio na praia mar. A bandeira estava vermelha e só o pé se podia molhar. Mas o areal e o mar de ondas rebentando furiosas, estavam lindos. Plana, a areia, era um convite à marcha. Convidei-te para me acompanhares, mas tu preferiste ficar.
Fui e caminhei longos espaços, pisando quilómetros de areia molhada, com as ondas banhando meus indefesos pés. Andei, andei, sempre atento à beleza que me rodeava, dum lado o mar e sua fúria, de outro a falésia, cortada a pique, matizada como nunca a vira. Castanhos, verdes, amarelos e cinzas, tudo lá estava, fazendo-me pensar que aquela seria a tela gigante que o João Hogan não chegara a pintar e que a natureza por ele pintara.
Andei, andei, e tu sempre presente através de tua dorida ausência, e do desejo de ali te ter, bem a meu lado, à distância de um braço, de uma mão, de um dedo, de uma célula, do respirar dessa célula. Lado a lado, como na canção chocha do romântico já morto.
Mas, nada me fazia esquecer a neblina, que tudo envolvia e tudo encobria. Desaparecia a beleza que ela tapava, mas outra beleza criava, irrepetível. A encoberta, voltaria amanhã e depois e depois. A beleza que a neblina emprestava a tudo aquilo, era mesmo irrepetível, mesmo que volte, amanhã, um dia.
Irreal, absolutamente irreal era aquele espectáculo da natureza, exuberante e selvagem. E, eu caminhei, caminhei até me apetecer voltar e vir deitar-me ao pé de ti.
Foi bom ter-te à minha espera. Como foi bom ter escrito estas frases.
Poderá não parecer, mas foi uma história de amor, o que eu escrevi.
Encontrei-a e dei-lhe um nome -- Mun. Encontrei-a. Encontrámo-nos. Sabemos o sabor das coisas boas e também das más. Do saldo, de umas e de outras, se faz a vida.
E, a vida é uma espécie de conta corrente. Só no fim se saberá se se perdeu, se se ganhou. E, quem poderá decidir sobre uma coisa e outra? Quem tem o peso e a medida?
Hoje dei um longo passeio na praia mar. A bandeira estava vermelha e só o pé se podia molhar. Mas o areal e o mar de ondas rebentando furiosas, estavam lindos. Plana, a areia, era um convite à marcha. Convidei-te para me acompanhares, mas tu preferiste ficar.
Fui e caminhei longos espaços, pisando quilómetros de areia molhada, com as ondas banhando meus indefesos pés. Andei, andei, sempre atento à beleza que me rodeava, dum lado o mar e sua fúria, de outro a falésia, cortada a pique, matizada como nunca a vira. Castanhos, verdes, amarelos e cinzas, tudo lá estava, fazendo-me pensar que aquela seria a tela gigante que o João Hogan não chegara a pintar e que a natureza por ele pintara.
Andei, andei, e tu sempre presente através de tua dorida ausência, e do desejo de ali te ter, bem a meu lado, à distância de um braço, de uma mão, de um dedo, de uma célula, do respirar dessa célula. Lado a lado, como na canção chocha do romântico já morto.
Mas, nada me fazia esquecer a neblina, que tudo envolvia e tudo encobria. Desaparecia a beleza que ela tapava, mas outra beleza criava, irrepetível. A encoberta, voltaria amanhã e depois e depois. A beleza que a neblina emprestava a tudo aquilo, era mesmo irrepetível, mesmo que volte, amanhã, um dia.
Irreal, absolutamente irreal era aquele espectáculo da natureza, exuberante e selvagem. E, eu caminhei, caminhei até me apetecer voltar e vir deitar-me ao pé de ti.
Foi bom ter-te à minha espera. Como foi bom ter escrito estas frases.
Poderá não parecer, mas foi uma história de amor, o que eu escrevi.
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