A formação de um Homem passa por um nunca terminado processo e por várias e diferentes fases, fermentações, pousios, centrifugações, agitações, misturas, influências.
Por mais que os tempos mudem, os costumes se alterem, os padrões variem, sempre a formação de um Homem passará por um processo único, individual no objecto e colectivo nos agentes.
Estando o Homem feito, se é que o está alguma vez, outras formações se perfilam, outras águas, de outras fontes, há para beber, outros fatos a vestir, outras atitudes a tomar.
E quando o Homem está supostamente feito, e a sua formação profissional definida e supostamente terminada para o início de uma fase de aprendizagem permanente, está naturalmente definida a atitude desse Homem. Atitude, soma de atitudes parcelares, de matriz única e perfil próprio.
E quando esse Homem se fez médico, a sua atitude, somatório de todas as atitudes que tem de tomar, face à vida e à morte, ao sofrimento e à dor, à esperança e à fé, ao amor e à paz, aponta para uma clara imagem de marca, para uma personalidade com marca individual, com assinatura de designer de si próprio.
E se ao Homem, ao médico, se juntar a faceta da comunicação e da escrita, ou da arte, essa sua atitude fica também modelada por essa influência cultural que cumulativamente também veste.
Que podemos nós entender por atitude? Aquilo que os dicionários inscrevem para a definir ou qualquer coisa mais ou qualquer outra coisa ? Diz-nos o dicionário que atitude é palavra do género feminino que significa postura, modo de ter o corpo. Propósito; significação de um propósito. Norma de procedimento. É isto, com certeza. Mas é ainda qualquer coisa mais para além disto.
E esta qualquer coisa mais, que o dicionário não contempla e como tal não define, é tudo aquilo que está para além da postura, para além do propósito, mais para além, mas não além; mas, antes pelo contrário, muito dentro de uma e outro, muito dentro de si, profundamente interiorizada nesse ser total, que é homem, médico, escritor, artista.
O Homem, o médico, a cultura, a atitude são inseparáveis. Não se pode mudar de atitude por uma determinada e voluntária decisão de mudar essa postura, esse propósito. A atitude é inalterável para cada ser, para cada Homem formado e supostamente concluído.
A partir de determinada altura da vida, de determinada fase do processo formativo, a atitude, em si, é inalterável, tenha as faces que possa ter sem quebra da sua unidade.
Alterar a atitude, modificá-la, é ser outro, é não ser o que se pensava ser. Cultura e atitude. Tema fácil de entender e difícil de explicar. Cultura, segundo o dicionário é acto, modo ou efeito de cultivar ... Estado de quem tem desenvolvimento intelectual. Estudo. Elegância, esmero. E sendo isto, que atitude pode ter um homem de cultura? Pode a atitude desse homem ser o contrário do homem estudioso, elegante na forma e no conteúdo, agindo com esmero no seu modo de cultivar?
Atitude pressupõe, quanto a mim, coerência. E pressupõe ainda, acção. E ainda, verticalidade e frontalidade.
Coerência de actos, ideias e vida. Uma forma de vida correspondente à sua matriz formativa. Uma posição face à vida, bem definida, sem hesitações ou dúvidas. Uma postura que não dê ocasião a que se possa dizer que o rei vai nu.
Acção. Permanente e coerente. Passar das palavras aos actos, de acordo consigo, com a sua forma de estar, com o seu eu. Acção em todas as situações. Nas imediatas, presentes, directamente vividas, no local e no tempo. Mas, não só nessas. Também naquelas que parecem não ter a ver connosco, directamente, nem parecem depender de nós. Diria que nessas, sobretudo, deve haver acção quando o Homem é um ser de cultura.
Como pessoa bem informada, esclarecida, pensante, tem obrigação de saber que agir nessas condições é mais do que agir. É dar exemplo, é mostrar, é reforçar a frente de luta, é tornar de todos o que parece só de alguns.
Verticalidade. Sempre e em tudo. Em situações pacíficas ou perigosas. Contra ventos e marés. Postura com marca. Verticalidade evidente. Desafio, se necessário. Posição e exemplo. Imagem. Afirmação.
Frontalidade. Em tudo e sempre, preto no branco. Sem cenários desenhados, nem cortinas de fumo. Situações e respostas claras. Apenas sim e não. Concordo ou discordo.
É grande a responsabilidade do homem de cultura. Maior do que a responsabilidade do homem comum, embora devesse ser igual. Mas, não é. Porque o homem de cultura tem de ser um exemplo e, se tem que o ser, deve sê-lo pela positiva e nunca pela negativa, pela afirmação e nunca pela ausência.
Tudo isto entronca na atitude. Na cultura e atitude. Há que ter a atitude de dignidade e compostura, de verticalidade e frontalidade capaz de mover o mundo. Fazer a paz onde há guerra. Levar alimentos onde há fome. Levar justiça onde há desigualdade.
Ninguém, por mais grão de areia que se sinta, deve eximir-se à responsabilidade da sua participação. Afirmar a sua opinião, levantar a sua voz, manifestar apoio ou desacordo. Afirmar-se, mais do que afirmar.
Sobretudo ser e mostrar que se é. Um ser inteiro, digno, solidário, lutador e justo. Usar a palavra e os actos sempre que se mostre necessário. Não calar, nem se calar. Afirmar-se mais do que afirmar.
Ser. Homem, médico, escritor.
Por mais que os tempos mudem, os costumes se alterem, os padrões variem, sempre a formação de um Homem passará por um processo único, individual no objecto e colectivo nos agentes.
Estando o Homem feito, se é que o está alguma vez, outras formações se perfilam, outras águas, de outras fontes, há para beber, outros fatos a vestir, outras atitudes a tomar.
E quando o Homem está supostamente feito, e a sua formação profissional definida e supostamente terminada para o início de uma fase de aprendizagem permanente, está naturalmente definida a atitude desse Homem. Atitude, soma de atitudes parcelares, de matriz única e perfil próprio.
E quando esse Homem se fez médico, a sua atitude, somatório de todas as atitudes que tem de tomar, face à vida e à morte, ao sofrimento e à dor, à esperança e à fé, ao amor e à paz, aponta para uma clara imagem de marca, para uma personalidade com marca individual, com assinatura de designer de si próprio.
E se ao Homem, ao médico, se juntar a faceta da comunicação e da escrita, ou da arte, essa sua atitude fica também modelada por essa influência cultural que cumulativamente também veste.
Que podemos nós entender por atitude? Aquilo que os dicionários inscrevem para a definir ou qualquer coisa mais ou qualquer outra coisa ? Diz-nos o dicionário que atitude é palavra do género feminino que significa postura, modo de ter o corpo. Propósito; significação de um propósito. Norma de procedimento. É isto, com certeza. Mas é ainda qualquer coisa mais para além disto.
E esta qualquer coisa mais, que o dicionário não contempla e como tal não define, é tudo aquilo que está para além da postura, para além do propósito, mais para além, mas não além; mas, antes pelo contrário, muito dentro de uma e outro, muito dentro de si, profundamente interiorizada nesse ser total, que é homem, médico, escritor, artista.
O Homem, o médico, a cultura, a atitude são inseparáveis. Não se pode mudar de atitude por uma determinada e voluntária decisão de mudar essa postura, esse propósito. A atitude é inalterável para cada ser, para cada Homem formado e supostamente concluído.
A partir de determinada altura da vida, de determinada fase do processo formativo, a atitude, em si, é inalterável, tenha as faces que possa ter sem quebra da sua unidade.
Alterar a atitude, modificá-la, é ser outro, é não ser o que se pensava ser. Cultura e atitude. Tema fácil de entender e difícil de explicar. Cultura, segundo o dicionário é acto, modo ou efeito de cultivar ... Estado de quem tem desenvolvimento intelectual. Estudo. Elegância, esmero. E sendo isto, que atitude pode ter um homem de cultura? Pode a atitude desse homem ser o contrário do homem estudioso, elegante na forma e no conteúdo, agindo com esmero no seu modo de cultivar?
Atitude pressupõe, quanto a mim, coerência. E pressupõe ainda, acção. E ainda, verticalidade e frontalidade.
Coerência de actos, ideias e vida. Uma forma de vida correspondente à sua matriz formativa. Uma posição face à vida, bem definida, sem hesitações ou dúvidas. Uma postura que não dê ocasião a que se possa dizer que o rei vai nu.
Acção. Permanente e coerente. Passar das palavras aos actos, de acordo consigo, com a sua forma de estar, com o seu eu. Acção em todas as situações. Nas imediatas, presentes, directamente vividas, no local e no tempo. Mas, não só nessas. Também naquelas que parecem não ter a ver connosco, directamente, nem parecem depender de nós. Diria que nessas, sobretudo, deve haver acção quando o Homem é um ser de cultura.
Como pessoa bem informada, esclarecida, pensante, tem obrigação de saber que agir nessas condições é mais do que agir. É dar exemplo, é mostrar, é reforçar a frente de luta, é tornar de todos o que parece só de alguns.
Verticalidade. Sempre e em tudo. Em situações pacíficas ou perigosas. Contra ventos e marés. Postura com marca. Verticalidade evidente. Desafio, se necessário. Posição e exemplo. Imagem. Afirmação.
Frontalidade. Em tudo e sempre, preto no branco. Sem cenários desenhados, nem cortinas de fumo. Situações e respostas claras. Apenas sim e não. Concordo ou discordo.
É grande a responsabilidade do homem de cultura. Maior do que a responsabilidade do homem comum, embora devesse ser igual. Mas, não é. Porque o homem de cultura tem de ser um exemplo e, se tem que o ser, deve sê-lo pela positiva e nunca pela negativa, pela afirmação e nunca pela ausência.
Tudo isto entronca na atitude. Na cultura e atitude. Há que ter a atitude de dignidade e compostura, de verticalidade e frontalidade capaz de mover o mundo. Fazer a paz onde há guerra. Levar alimentos onde há fome. Levar justiça onde há desigualdade.
Ninguém, por mais grão de areia que se sinta, deve eximir-se à responsabilidade da sua participação. Afirmar a sua opinião, levantar a sua voz, manifestar apoio ou desacordo. Afirmar-se, mais do que afirmar.
Sobretudo ser e mostrar que se é. Um ser inteiro, digno, solidário, lutador e justo. Usar a palavra e os actos sempre que se mostre necessário. Não calar, nem se calar. Afirmar-se mais do que afirmar.
Ser. Homem, médico, escritor.
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