E os queques olhavam-me como um campo de girassóis. E, de tal modo me olharam, de tal modo me quiseram como sol, que sem querer saber se muito, pouco ou nada, peguei num, para o desfolhar, mordida a mordida, mordidela a mordidela, dentadinha de prazer, gula e luxúria.
As pétalas eram pequenas e rijas e saborosas como o clítoris enfurecido, oferecido e hasteado do meu amor. E, gostosamente, mordida a mordidela, fui devorando, saboreando e oferecendo às papilas gustativas da minha boca-corpo, o prazer sem fim de um prazer repetido incontadas vezes, sem nunca perder o sabor, antes criando o prazer redobrado do seu contínuo prolongamento.
E, dada a volta ao girassol, amorosamente mordido, pétala a pétala, entrei-lhe pelo corpo dentro, corola e estames, redondos, lisos, elásticos e fofos ao mesmo tempo, como o são tuas lindas nádegas, meu amor, teus seios pequenos de grandes volúpias, o outeiro suave da tua pequena, elástica e feminina barriguinha, meu desejado amor. E, por esse corpo fui entrando, lentamente, suavemente, prolongadamente mordiscando, dentando bem, e sempre penetrando, e sempre desejando penetrar mais, como quando, inteiro, eréctil, maçisso, duro e suave, te penetro o lago imenso de tuas águas de desejo, de desejo por mim, pelo prazer ele mesmo, pelo prazer de ambos.
E, assim fui levando meu prazer e minha gula até ao fim, até ao espasmo final, ao espasmo grito, ao espasmo reconhecimento, interiorização e registo de um prazer que não se quer acabado, e que até no acabar é grito. Espasmo final. Final de quê? Do acto somado das partículas continuadas do prazer, que valem por si e pelo todo que elas formam? Energia cinético-sensual que leva ao cogumelo gigante do espasmo final que nada destrói, e antes envolve com sua capa final, não mortífera, com a lassidão relaxante que logo se produz e, mais não é que outro prazer irrepetível? Final de quê, se mesmo agora que já tão longe estou do girassol que em mim integrei, continuo a sentir um prazer enorme e também irrepetível, porque nunca igual, nem a si, nem a nada?
Ai, meu amor, o que tu fazes quando te comparo a um campo de girassóis. O que tu consegues, quando me deixas sentir o prazer da gula ao comer este inocente queque, tirado do tabuleiro frio, de inox, do bar da Biblioteca, sem depois sentir a culpa e castigo dessa gula, quando entre mim e o prazer se interpõe o espectro do peso, da mão de gordura envolvendo meu fraco coração, apalpando, apalpando, e dizendo, qualquer dia, qualquer dia...
Bastou associar o campo de girassóis a ti, meu querido e apetecido amor, para que tudo corresse bem e o prazer fosse inteiro. Prazer que ainda sinto por inteiro, envolvendo meu mimado corpo, como quando com teu corpo liso, elástico, doce e belo, me envolves num calor agradável, tépido, e desejado, que nem meu desregulado termóstato rejeita.
O que faz o amor, quando é verdadeiro e bem integrado em cada célula do outro... O que faz o desejo, o que faz o prazer, o que faz o outro...
Quando deixas de gritar comigo, meu apetecido amor?
As pétalas eram pequenas e rijas e saborosas como o clítoris enfurecido, oferecido e hasteado do meu amor. E, gostosamente, mordida a mordidela, fui devorando, saboreando e oferecendo às papilas gustativas da minha boca-corpo, o prazer sem fim de um prazer repetido incontadas vezes, sem nunca perder o sabor, antes criando o prazer redobrado do seu contínuo prolongamento.
E, dada a volta ao girassol, amorosamente mordido, pétala a pétala, entrei-lhe pelo corpo dentro, corola e estames, redondos, lisos, elásticos e fofos ao mesmo tempo, como o são tuas lindas nádegas, meu amor, teus seios pequenos de grandes volúpias, o outeiro suave da tua pequena, elástica e feminina barriguinha, meu desejado amor. E, por esse corpo fui entrando, lentamente, suavemente, prolongadamente mordiscando, dentando bem, e sempre penetrando, e sempre desejando penetrar mais, como quando, inteiro, eréctil, maçisso, duro e suave, te penetro o lago imenso de tuas águas de desejo, de desejo por mim, pelo prazer ele mesmo, pelo prazer de ambos.
E, assim fui levando meu prazer e minha gula até ao fim, até ao espasmo final, ao espasmo grito, ao espasmo reconhecimento, interiorização e registo de um prazer que não se quer acabado, e que até no acabar é grito. Espasmo final. Final de quê? Do acto somado das partículas continuadas do prazer, que valem por si e pelo todo que elas formam? Energia cinético-sensual que leva ao cogumelo gigante do espasmo final que nada destrói, e antes envolve com sua capa final, não mortífera, com a lassidão relaxante que logo se produz e, mais não é que outro prazer irrepetível? Final de quê, se mesmo agora que já tão longe estou do girassol que em mim integrei, continuo a sentir um prazer enorme e também irrepetível, porque nunca igual, nem a si, nem a nada?
Ai, meu amor, o que tu fazes quando te comparo a um campo de girassóis. O que tu consegues, quando me deixas sentir o prazer da gula ao comer este inocente queque, tirado do tabuleiro frio, de inox, do bar da Biblioteca, sem depois sentir a culpa e castigo dessa gula, quando entre mim e o prazer se interpõe o espectro do peso, da mão de gordura envolvendo meu fraco coração, apalpando, apalpando, e dizendo, qualquer dia, qualquer dia...
Bastou associar o campo de girassóis a ti, meu querido e apetecido amor, para que tudo corresse bem e o prazer fosse inteiro. Prazer que ainda sinto por inteiro, envolvendo meu mimado corpo, como quando com teu corpo liso, elástico, doce e belo, me envolves num calor agradável, tépido, e desejado, que nem meu desregulado termóstato rejeita.
O que faz o amor, quando é verdadeiro e bem integrado em cada célula do outro... O que faz o desejo, o que faz o prazer, o que faz o outro...
Quando deixas de gritar comigo, meu apetecido amor?
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