Sendo um transgressor, comporto-me por vezes como um conservador. Mais uma das incoerências aparentes ou evidentes de mais para serem, tão assim, verdade.
Tudo isto vem a propósito da vontade que neste momento sinto de estar contigo e de te ouvir rir, ver o teu olhar claro, sair contigo e contigo ir ver a «Missão». E, mais discutível isto se me põe quando me encontro sentado na sala dos Reservados da B.N., aguardando os manuscritos que requisitei. Estar aqui na B.N. é uma das minhas paixões e penso que é mesmo a primeira vez que me apetece estar fora dela. É certo que estou nos Reservados onde o material a tratar me agrada muito, mas nunca me agradou o ambiente, que não tem o calor da sala grande de leitura. Aqui é tudo mais frio e barulhento, ao contrário do que deveria ser.
Já me estou a afastar do início da minha escrita. Transgressão, conservadorismo.
Salto pois por cima da corrente quente, terna e amorosa, que me queria junto a ti, para pensar apenas na razão porque não estou ao pé de ti. Sinceramente, pela razão que te expliquei ao telefone. Porque me pareceu mal (o que é isto de parecer mal?) sair da Escola, em carro oficial, com motorista oficial e pura e simplesmente ir ter contigo, ir ter com o meu amor, saborear o nosso amor. Pareceu-me mal. Já não me pareceria se saísse no meu automóvel, sozinho, sem dizer água vai. Pergunto ou afirmo? Afirmo. Também não me pareceria mal se tivesse tomado uma posição clara em relação às minhas atribuições ali. Pergunto ou afirmo? Afirmo.
Se assim é, não posso pôr a incoerência transgressão-conservadorismo, porque não é disso que se trata. Quanto muito trata-se ou de transgressão controlada, com medida, ou transgressão clara, demonstrativa, afirmativa.
Alguém entenderá isto, para além de mim que o estou a escrever?
Sinto cada vez mais, desde que comecei a escrever, que o problema, afinal, está noutro lado. Na minha indecisão, na minha hesitação, no meu não saber, em alguns momentos, o que quero.
E, digo-o, porque cada vez mais me apetece sair daqui e ir ter contigo.
Oh, meu amor querido, como eu agora te abraçava e beijava teus lábios quentes, que assim se fazem, para mim.
Logo será.
Tudo isto vem a propósito da vontade que neste momento sinto de estar contigo e de te ouvir rir, ver o teu olhar claro, sair contigo e contigo ir ver a «Missão». E, mais discutível isto se me põe quando me encontro sentado na sala dos Reservados da B.N., aguardando os manuscritos que requisitei. Estar aqui na B.N. é uma das minhas paixões e penso que é mesmo a primeira vez que me apetece estar fora dela. É certo que estou nos Reservados onde o material a tratar me agrada muito, mas nunca me agradou o ambiente, que não tem o calor da sala grande de leitura. Aqui é tudo mais frio e barulhento, ao contrário do que deveria ser.
Já me estou a afastar do início da minha escrita. Transgressão, conservadorismo.
Salto pois por cima da corrente quente, terna e amorosa, que me queria junto a ti, para pensar apenas na razão porque não estou ao pé de ti. Sinceramente, pela razão que te expliquei ao telefone. Porque me pareceu mal (o que é isto de parecer mal?) sair da Escola, em carro oficial, com motorista oficial e pura e simplesmente ir ter contigo, ir ter com o meu amor, saborear o nosso amor. Pareceu-me mal. Já não me pareceria se saísse no meu automóvel, sozinho, sem dizer água vai. Pergunto ou afirmo? Afirmo. Também não me pareceria mal se tivesse tomado uma posição clara em relação às minhas atribuições ali. Pergunto ou afirmo? Afirmo.
Se assim é, não posso pôr a incoerência transgressão-conservadorismo, porque não é disso que se trata. Quanto muito trata-se ou de transgressão controlada, com medida, ou transgressão clara, demonstrativa, afirmativa.
Alguém entenderá isto, para além de mim que o estou a escrever?
Sinto cada vez mais, desde que comecei a escrever, que o problema, afinal, está noutro lado. Na minha indecisão, na minha hesitação, no meu não saber, em alguns momentos, o que quero.
E, digo-o, porque cada vez mais me apetece sair daqui e ir ter contigo.
Oh, meu amor querido, como eu agora te abraçava e beijava teus lábios quentes, que assim se fazem, para mim.
Logo será.
Haverá, logo?
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